terça-feira, 21 de outubro de 2008

Migalhães - Poema de Luís Costa


Lá vem pelo avelar
O filho do Zé João
Vem do centro escolar
Cansado de palmilhar
A caminho da povoação

Não há médico na aldeia
E a antiga escola fechou
Não tem carne para a ceia
Nem petróleo para a candeia
Porque o dinheiro acabou

O seu pai foi para França
Trabalhar na construção
E a mãe desta criança
Trabalha na vizinhança
Lavando pratos e chão

Mas o puto vem contente
Com o Migalhães na mão
E passa por toda a gente
Em alegria aparente
De quem já sabe a lição

Um senhor muito invulgar
Que chegou com mais senhores
Veio para visitar
O novo centro escolar
E dar os computadores

E lá vem o Joãozinho
No seu contínuo vaivém
Calcorreando o caminho
Desesperando sozinho
À espera da sua mãe

Neste país de papões
A troco de dois vinténs
Agravam-se as disfunções
O rico ganha milhões
E o pobre Migalhães


Poema de Luís Costa

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

PSD/Lisboa ultrapassa Manuela e escolhe Santana

Autárquicas. A distrital de Lisboa do PSD antecipou-se a Manuela Ferreira Leite e votou, na noite de terça para quarta, o nome de Pedro Santana Lopes como candidato à Câmara de Lisboa. Numa altura em que a líder do PSD está sob pressão dos anti-Santana, a candidatura passa a ser quase oficialNome deverá ser discutido junto de outros candidatosPedro Santana Lopes é quase o candidato oficial do PSD à Câmara Municipal de Lisboa, nas eleições autárquicas do próximo ano. Na terça-feira à noite e pela madrugada seguinte fora, a reunião alargada da distrital de Lisboa do PSD aprovou por uma esmagadora maioria o nome do antigo primeiro-ministro e ex-presidente da CML como o candidato ideal.Numa votação em que o nome de Santana Lopes era o único em cima da mesa, mas onde se sabia que Fernando Seara, Paula Teixeira da Cruz e Nuno Morais Sarmento seriam alternativas, o antigo presidente da CML obteve 29 votos a favor, contra apenas dois votos contra e dois votos brancos. A presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, Paula Teixeira da Cruz, uma opositora conhecida da opção por Santana Lopes, acabou por ser apenas apoiada pelo ex-vereador Sério Lipari Pinto e por Rodrigo Gonçalves, ambos da secção A do PSD (Benfica).A reunião realizou-se horas depois de Manuela Ferreira Leite ter retirado da agenda da Comissão Política Nacional a discussão do nome de Santana Lopes, optando por fazer apenas uma troca de ideias sobre o Orçamento do Estado para 2009. Numa atitude que foi vista em vários sectores como um recuo, a distrital do PSD/Lisboa acabaria por responder, nessa mesma noite, com a aprovação do nome de Santana.Fontes próximas da direcção de Ferreira Leite asseguram que o nome será discutido junto com outros candidatos e que a aposta em Santana Lopes "não esmoreceu". Isto apesar da oposição frontal de Marcelo Rebelo de Sousa, revelada num artigo de opinião no semanário Sol, e de José Pacheco Pereira, que reservou para hoje uma posição no programa Quadratura do Círculo, na SIC Notícias.Carreiras reforça decisãoPara cimentar a decisão da reunião alargada da distrital, Carlos Carreiras, presidente do PSD/Lisboa, veio ontem dizer à Lusa que Santana Lopes já foi aceite como candidato pela líder social-democrata. "O que eu garanti [na reunião da distrital] é que estava a cumprir exactamente o que sempre tínhamos dito: que a questão de Lisboa tinha de ser de acordo com a líder do partido. Não levaria a votação à distrital se não soubesse que tinha havido aceitação do nome por parte da presidente do partido", disse Carlos Carreiras.Questionado se a aceitação da candidatura de Pedro Santana Lopes lhe foi comunicada directamente por Manuela Ferreira Leite, Carlos Carreiras respondeu: "Tive informação de quem de direito que o nome tinha sido aceite. Há questões que cabe agora à presidente do partido anunciar". "Se calhar a presidente do partido convidou o candidato e o candidato já aceitou. Se ontem estava em condições de fazer a proposta era porque tinha garantias mais do que suficientes de que estava de acordo e com o acordo da líder do partido", reforçou o presidente da distrital de Lisboa do PSD.Segundo o presidente da distrital de Lisboa, a escolha da candidatura à Câmara de Lisboa resultou do seguinte processo: "A coordenadora autárquica levou a questão à líder do partido, a líder do partido terá tomado uma decisão e com base nessa decisão eu levei a proposta à distrital"."Este processo decorreu sempre na base de que não queríamos fazer nada que confrontasse a líder do partido", sublinhou Carlos Carreiras, adiantando que na reunião da distrital de terça-feira à noite não foram propostos nomes alternativos ao de Santana Lopes.Também o vice-presidente da distrital de Lisboa do PSD, Sérgio Lipari Pinto disse que ao aprovar a candidatura de Pedro Santana Lopes à Câmara de Lisboa "a distrital acatou o nome escolhido pela líder do partido". De acordo com Lipari, o presidente da distrital de Lisboa do PSD, Carlos Carreiras "garantiu que a líder tinha decidido que era Pedro Santana Lopes" o candidato."Os membros da distrital entenderam dar solidariedade à líder. A decisão da distrital não podia deixar de ser de solidariedade, foi dado um voto de confiança, até porque por tradição é o líder do partido quem escolhe o candidato à capital", acrescentou Lipari, um dos poucos que se opôs à escolha de Santana para candidato em Lisboa. - Com LUSA

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Dia 16 Junho

Está com atraso mas merece ser colocado aqui novamente.


" O Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) de Lisboa decidiu hoje que o presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, e o jornalista Fernando Trigo, vão a julgamento na sequência do "caso Isaltino".
Isaltino Morais é pronunciado por um crime de participação económica em negócio, três crimes de corrupção passiva para acto ilícito, um crime de branqueamento de capitais, um de abuso de poder e outro de fraude fiscal. "

Cumprimentos

Paulo Santos

Existência de Processo contra a C.M.O.

Existe um processo instaurado pelo ministério público à autarquia por diversas violações de um plano de pormenor em Carnaxide.As infracções foram detectadas pelo IGAT . Por verificar que a CMO não tinha corrigido as infracções, o IGAT enviou a questão ao ministério público, que instaurou um processo à Câmara. O processo continua em tramitações, esperam-se novidades para breve.

Cumprimentos

Paulo Santos