terça-feira, 28 de abril de 2009

Luva branca?



Isaltino de Morais disse que "não tinha de fazer juízos de valor" (ainda bem, dizemos nós), referindo-se ao comunicado emitido por Luís Marques Mendes, onde este explicava o motivo da sua ausência à cerimónia realizada no dia 25 de Abril.


Em causa está a homenagem feita naquele dia a Marques Mendes, entre outros ex-autarcas de Oeiras, e o facto de o ex-presidente social-democrata ter aceite o galardão da autarquia, mas não ter comparecido na cerimónia por esta ser presidida por Isaltino Morais.


Marques Mendes afirmou ter aceite o galardão por este ter resultado de "uma indicação exclusiva" dos autarcas do PSD, mas recusou comparecer numa "cerimónia presidida pelo actual presidente da câmara".


A representante dos vereadores do PSD na Câmara Municipal de Oeiras Teresa Zambujo tinha explicado sexta-feira, em declarações à Lusa, que a homenagem "não tem discussão na Câmara Municipal, indicam-se os nomes, o senhor presidente anota e a Câmara não os discute sequer, pura e simplesmente aprova-os".


Na referida cerimónia, o ex-autarca Luís Marques Mendes fez-se representar por Teresa Zambujo.


Na cerimónia por ocasião do 25 de Abril, a autarquia de Oeiras homenageou também João Silva Duarte (PSD), a título póstumo, José Nogueira Pardal (PS) e João Humberto Aguardela e José Roque Romeiras (CDU), que receberam uma réplica de uma escultura que existe no concelho.


Nas autárquicas de 2005 Teresa Zambujo foi a candidata do PSD à presidência da Câmara Municipal de Oeiras, apoiada por Marques Mendes, contra o ex-militante do partido Isaltino Morais.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Pedro Simões Candidato

Ainda não foi discutido aqui o porquê da escolha do Vereador Pedro Simões para Candidato derrotado às futuras eleições Autárquicas. O nosso Concelho merecia mais e melhor, merecia um vulto reconhecido a nível nacional para acabar com as Isaltanices. Resumindo, mais 4 anos do mesmo...

Eleições Europeias

Bons Dias,

Tenho estado afastado destas lides em virtude de afazeres profissionais mas nesta altura não poderia deixar de transmitir a minha opinião em relação à escolha do nome para a liderança da lista do PPD/ PSD às eleições para o Parlamento Europeu.

Considero o Companheiro Paulo Rangel uma pessoa válida e tenho que admitir que é uma das poucas pessoas que me tem surpreendido no actual panorama politico nacional.
Começou de uma forma insipida mas tem vindo em crescendo e cada vez mais a afirmar-se como uma pessoa válida e com carisma para ser um verdadeiro lider no Grupo Parlamentar do PSD na Ass. da Republica. Como tal considero uma má escolha para as Listas ao Parlamento Europeu, quando estava a criar elos fortes e estáveis decidem quebra-los.

A Direcção Nacional poderia ter escolhido outro vulto e deixado Paulo Rangel continuar o seu excelente trabalho pois quando um politico está em crescendo deve ser apoiado e incentivado.

Temos outras pessoas capazes para serem " desterradas ". Porquê Paulo Rangel?

Cumprimentos

Paulo Santos

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Hábitos que não se perdem...




A principal testemunha de acusação do Caso Isaltino revelou, esta sexta-feira, que depositou dinheiro de Isaltino Morais nas suas próprias contas, a pedido do autarca, por este querer que os montantes não fossem considerados no seu processo de divórcio.


A ex-secretária e ex-chefe de gabinete do presidente da Câmara de Oeiras, actual funcionária do departamento municipal de Habitação, tinha a possibilidade de não depor em julgamento por ser arguida num processo conexo, indiciada por branqueamento de capitais, mas optou por responder a todas as questões, colocadas pelo procurador Luís Eloy e pela juíza Paula Albuquerque durante cerca de duas horas.


Nas contas bancárias que possuía, a antiga chefe de gabinete depositou várias vezes quantias entre 140 a 2 500 contos (700 a 12 250 euros) em numerário e chegou a ter nas mesmas cerca de 191 mil euros, dos quais «uma pequena parcela» era sua. As contas, os donativos, os jantares e as flores.


Segundo a testemunha, Isaltino Morais dizia que as verbas correspondiam sobretudo a donativos para campanhas eleitorais, entregues em reuniões e jantares não presenciados pela funcionária. A ex-secretária diz que não costumava identificar o dador.
Paula Nunes referiu desconhecer se havia alguma relação entre as quantias que lhe eram entregues e eventuais contrapartidas por favores a construtores imobiliários, mas afirmou que vários empresários de construção civil com interesses no concelho eram contactados para apoiar as campanhas e tinham «relações de amizade» com o autarca, reunindo-se algumas vezes com Isaltino «a título pessoal». «Isaltino reunia-se com construtores».
Um desses empresários, José Guilherme, chegou mesmo a pagar um jantar de aniversário do presidente camarário na Fortaleza do Guincho, que custou 680 contos (3 400 euros). «Não consigo estabelecer uma linha temporal, mas houve uma fase que, devido ao seu processo de divórcio, o doutor Isaltino pedia-me se eu não me importava de emprestar as minhas contas para depósitos, porque era uma forma de não se saber ou de não mostrar que existiam esses montantes», contou Paula Nunes, confirmando a indicação da pronúncia de que o autarca recorria a contas de conhecidos.

A funcionária municipal disse ter acatado as orientações devido à sua vontade em progredir na carreira e pela relação de «amizade e confiança» que tinha estabelecido com Isaltino Morais, motivos que a terão levado a não questionar por que continuava a receber as mesmas indicações depois de o divórcio estar concluído.

Paula Nunes explicou que as verbas depositadas nas suas contas eram empregues por Isaltino Morais em diferentes despesas, como material de propaganda, jantares da JSD ou ramos de flores para aniversariantes.

A ex-secretária explicou também que, tal como motoristas da autarquia de Oeiras, fez outros depósitos em numerário em contas de Isaltino Morais, também por ordem deste, e que sabia da conta do autarca na Suíça, já que tinha acesso a muitos dos seus documentos, mas assegurou nada saber sobre alegadas origens ilícitas desse dinheiro. Isaltino diz que testemunhas têm dito a verdade.


À saída do Tribunal de Sintra, onde o julgamento decorre desde o dia 25 de Março, o presidente da Câmara de Oeiras afirmou que «todas as testemunhas têm dito a verdade e é com a verdade que se faz um julgamento», considerando que Paula Nunes não foi uma excepção.
«Estou satisfeito desde o início, desde que fui ouvido. Acho que o julgamento está a correr normalmente, limito-me a dizer que está a correr bem, tive a oportunidade de dar a minha versão», declarou aos jornalistas.


Mário Soares, o lúcido




Eis parte do enigma. Mário Soares, num dos momentos de lucidez que ainda vai tendo, veio chamar a atenção do Governo, na última semana, para a voz da rua.

A lucidez, uma das suas maiores qualidades durante uma longa carreira politica. A lucidez que lhe permitiu escapar à PIDE e passar um bom par de anos, num exílio dourado, em hotéis de luxo de Paris.

A lucidez que lhe permitiu conduzir da forma “brilhante” que se viu o processo de descolonização.

A lucidez que lhe permitiu conseguir que os Estados Unidos financiassem o PS durante os primeiros anos da Democracia.

A lucidez que o fez meter o socialismo na gaveta durante a sua experiència governativa.

A lucidez que lhe permitiu tratar da forma despudorada amigos como Jaime Serra, Salgado Zenha, Manuel Alegre e tantos outros.

A lucidez que lhe permitiu governar sem ler os “dossiers”.

A lucidez que lhe permitiu não voltar a ser primeiro-ministro depois de tão fantástico desempenho no cargo.

A lucidez que lhe permitiu pôr-se a jeito para ser agredido na Marinha Grande e, dessa forma, vitimizar-se aos olhos da opinião pública e vencer as eleições presidenciais.

A lucidez que lhe permitiu, após a vitória nessas eleições, fundar um grupo empresarial, a Emaudio, com “testas de ferro” no comando e um conjunto de negócios obscuros que envolveram grandes magnatas internacionais.

A lucidez que lhe permitiu utilizar a Emaudio para financiar a sua segunda campanha presidencial.

A lucidez que lhe permitiu nomear para Governador de Macau Carlos Melancia, um dos homens da Emaudio.

A lucidez que lhe permitiu passar incólume ao caso Emaudio e ao caso Aeroporto de Macau e, ao mesmo tempo, dar os primeiros passos para uma Fundação na sua fase pós-presidencial.

A lucidez que lhe permitiu ler o livro de Rui Mateus, “Contos Proibidos”, que contava tudo sobre a Emaudio, e ter a sorte de esse mesmo livro, depois de esgotado, jamais voltar a ser publicado.

A lucidez que lhe permitiu passar incólume as “ligações perigosas” com Angola, ligações essas que quase lhe roubaram o filho no célebre acidente de avião na Jamba (avião esse carregado de diamantes, no dizer do Ministro da Comunicação Social de Angola).

A lucidez que lhe permitiu, durante a sua passagem por Belém, visitar 57 países (”record” absoluto para a Espanha - 24 vezes - e França - 21), num total equivalente a 22 voltas ao mundo (mais de 992 mil quilómetros).

A lucidez que lhe permitiu visitar as Seychelles, esse território de grande importância estratégica para Portugal.

A lucidez que lhe permitiu, no final destas viagens, levar para a Casa-Museu João Soares uma grande parte dos valiosos presentes oferecidos oficialmente ao Presidente da Republica Portuguesa.

A lucidez que lhe permitiu guardar esses presentes numa caixa-forte blindada daquela Casa, em vez de os guardar no Museu da Presidência da Republica.

A lucidez que lhe permite, ainda hoje, ter 24 horas por dia de vigilância paga pelo Estado nas suas casas de Nafarros, Vau e Campo Grande.

A lucidez que lhe permitiu, abandonada a Presidência da Republica, constituir a Fundação Mário Soares. Uma fundação de Direito privado, que, vivendo à custa de subsídios do Estado, tem apenas como única função visível ser depósito de documentos valiosos de Mário Soares. Os mesmos que, se são valiosos, deviam estar na Torre do Tombo.

A lucidez que lhe permitiu construir o edifício-sede da Fundação violando o PDM de Lisboa, segundo um relatório do IGAT, que decretou a nulidade da licença de obras.

A lucidez que lhe permitiu conseguir que o processo das velhas construções que ali existiam e que se encontrava no Arquivo Municipal fosse requisitado pelo filho e que acabasse por desaparecer convenientemente num incêndio dos Paços do Concelho.

A lucidez que lhe permitiu receber do Estado, ao longo dos últimos anos, donativos e subsídios superiores a um milhão de contos.

A lucidez que lhe permitiu receber, entre os vários subsídios, um de quinhentos mil contos, do Governo Guterres, para a criação de um auditório, uma biblioteca e um arquivo num edifico cedido pela Câmara de Lisboa.

A lucidez que lhe permitiu receber, entre 1995 e 2005, uma subvenção anual da Câmara Municipal de Lisboa, na qual o seu filho era Vereador e Presidente.

A lucidez que lhe permitiu que o Estado lhe arrendasse e lhe pagasse um gabinete, a que tinha direito como ex-presidente da República, na… Fundação Mário Soares.

A lucidez que lhe permite que, ainda hoje, a Fundação Mário Soares receba quase 4 mil euros mensais da Câmara Municipal de Leiria.

A lucidez que lhe permitiu fazer obras no Colégio Moderno, propriedade da família, sem licença municipal, numa altura em que o Presidente era… João Soares.

A lucidez que lhe permitiu silenciar, através de pressões sobre o director do “Público”, José Manuel Fernandes, a investigação jornalística que José António Cerejo começara a publicar sobre o tema.

A lucidez que lhe permitiu candidatar-se a Presidente do Parlamento Europeu e chamar dona de casa, durante a campanha, à vencedora Nicole Fontaine.

A lucidez que lhe permitiu considerar Jose Sócrates “o pior do guterrismo” e ignorar hoje em dia tal frase como se nada fosse.

A lucidez que lhe permitiu passar por cima de um amigo, Manuel Alegre, para concorrer às eleições presidenciais uma última vez.

A lucidez que lhe permitiu, então, fazer mais um frete ao Partido Socialista.

A lucidez que lhe permitiu ler os artigos “O Polvo” de Joaquim Vieira na “Grande Reportagem”, baseados no livro de Rui Mateus, e assistir, logo a seguir, ao despedimento do jornalista e ao fim da revista.

A lucidez que lhe permitiu passar incólume depois de apelar ao voto no filho, em pleno dia de eleições, nas últimas Autárquicas.

No final de uma vida de lucidez, o que resta a Mário Soares? Resta um punhado de momentos em que a lucidez vem e vai. Vem e vai. Vem e vai. Vai… e não volta mais.


Clara Ferreira Alves no jornal Expresso


sexta-feira, 3 de abril de 2009

MAIS UM A CAMINHO DAS NOVAS OPORTUNIDADES...




Sabe quem é António Pinto de Sousa?
Ora vejam:

É o novo responsável máximo pelo gabinete de comunicação e imagem do IDT (Instituto da Droga e Toxicodependência).
Tem competência atribuída, para empossar quem quiser, independentemente da sua qualificação académica e profissional, para os cargos dirigentes do Instituto, contrariando os próprios estatutos do IDT.


Ahahah... já esquecia de dizer:


É irmão de José Sócrates.