Lisboa, 13 Fev (Lusa) - O Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP) considera do "foro disciplinar e criminal" a eventual divulgação da identificação de elementos dos serviços secretos militares no sistema informático da Presidência do Conselho de Ministros.
Cartões com identificação e fotografia dos directores e chefes de divisão dos serviços secretos militares estiveram, segundo o Bloco de Esquerda, acessíveis a funcionários que utilizam o sistema informático da Presidência do Conselho de Ministros.
A situação, a envolver os dirigentes dos Serviços de Informações Estratégicas de Defesa (SIED), levou o deputado bloquista Fernando Rosas a dirigir hoje um requerimento ao Governo a solicitar esclarecimentos.
De acordo com o jornal Público on-line, são 23 os altos quadros da secreta militar cujos cartões estavam disponíveis no sistema informático da Presidência do Conselho de Ministros.
"A assumida não confidencialidade dos cartões emitidos para os dirigentes do SIED e a divulgação das respectivas fotos no sistema informático da Presidência corresponde a uma nova forma de apresentação dos ditos funcionários?", interroga Fernando Rosas, no requerimento a que a Lusa teve acesso.
O deputado admite que o caso possa ser "mais um lapso caricato e bem elucidativo do nível de eficiência e confidencialidade dos hiper-serviços de segurança do hiper secretário-geral" dos serviços secretos.
Confrontada com a situação, uma fonte do SIRP disse à agência Lusa que, "a confirmar-se a notícia", o caso "será do foro disciplinar e criminal", sem adiantar mais qualquer comentário.
Segundo o Público, a situação foi criada depois de o director-geral do SIED, Jorge Silva Carvalho, ter feito um pedido "não classificado", em Agosto de 2008, à Presidência do Conselho de Ministros de cartões de livre-trânsito para todos os dirigentes daquela "secreta".
Essas identificações acabaram por ser emitidas pelo secretário-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP), Júlio Pereira, embora não se saiba com que objectivos, adianta o Público.
AMN/TQ.
Lusa/fim
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